quarta-feira, 22 de setembro de 2010

AS RELAÇÕES ALUNO-DIREÇÃO, TENDO COMO SUPORTE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO MUNDO EDUCACIONAL.


O sistema educacional permanece rendido ao tradicionalismo do século XIX. A pesar da maquiagem das novas propostas metodológicas, do avanço tecnológico e técnico cientifico, permanecemos apáticos mediante a modelo educacional de outrora. Sistema em que a direção dita as regras e os demais súditos rendem-se em reverencias, no qual observamos diretores e docentes falando línguas diferentes, sem acordo, sem compreender, escutar ou aceitar a opinião do outro.
Esses súditos mesmo sendo seres pensantes, conhecedores de mudanças, capazes de questionar e revolucionar o mundo em sua volta continua castrando suas mentes de estimular, fomentar e construir alunos críticos. Alunos que usem do poder de persuasão das palavras para lutar por suas ideologias, e mudanças sociais. Antes percebemos em nossos intervalos cotidianos serem agressivos, que usam um vocabulário desfavorecido para instigar contendas, gerar violência e terror ao seu redor. 
            O corpo docente anestesiado diante da crise do sistema educacional, oprimido por suas muitas horas de trabalho e baixos honorários, buscando o alimento dos seus, sentindo-se vitima da crescente marginalização escolar, de leis que foram produzidas para defesa do menor infrator, prefere fingisse de cegos e surdos ante a massa opressora das autoridades governamentais, escondendo-se em si mesmo, como tartarugas em seu casco, a fim de livrar sua própria face para não perder o seu ganha pão.
            O sistema educacional precisa ser reavaliado. Faz-se necessário uma nova visão de transformação, baseado em soluções e não em propostas enfeitadas que não saem do papel. Não podemos produzir acadêmicos livres, seres pensantes e críticos se nós ofuscamos o seu brilho revolucionário. Os rotulando de loucos, incapazes, céticos, alienados por defenderem suas crenças, culturas e linguagem. Tal processo iniciasse nas séries iniciais e estendesse até seus últimos anos de universidade ou por que não afirmar, pois para muitos conforme sua limitação física, até o fim de seus dias.
            Falar de mudanças pede soluções. Para uns as soluções já foram apresentadas como o sistema capitalista, construtivismo, tradicionalismo e humanitário. Para outros como é o caso de muitos dos nossos cidadãos, nem sabem que tipo de ensino escolher seja conteudista ou construtivista, pois nem se quer conseguem definir tais palavras, por serem muitos deles analfabetos funcionais.
 O que vemos é diplomas sendo vendidos e comprados como se fosse uma bala em qualquer esquina. Profissionais brigando por muitas horas de trabalhos, sobrecarregados, estressados, irritados com as numerosas turmas, cheios de si mesmos e daqueles que os xingam em publico em busca de um socorro uma vez que não encontram no interior de suas casas, no seio de sua família, isto é, quando se tem família, para lhes dá um afago, proteção e carinho.
Seja qual for à escolha (construtivismo ou tradicionalismo) ela deve ser trabalhada e submetida a uma visão critico social. Pois o importante é tirar as vendas dos olhos e olhar além da linha do horizonte, sair dos cabrechos e dizer não a alienação, conscientes que uma vez que a mente é iluminada pelo conhecimento, prudência e sabedorias a educação terá efeito ativo, transformador, revelando o que moral, ético e social. Abrindo as portas ao respeito da heterogeneidade das ideologias, harmonizando-as a luz da solidariedade, pois o contraponto contribui para o enriquecimento da pluralidade cultural, político-social e econômica.

Raquel Oliveira da Silva
            

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