O Censo da Web, estudo pioneiro no mundo, realizado pelo Comitê Gestor da Internet, avaliou, numa primeira fase, o domínio .gov.br. Entre as constatações apuradas no levantamento está o fato de - apesar de existir uma norma criada pelo Governo Federal para a área de acessibilidade - apenas 2% dos sites pesquisados sob o domínio .gov.br - 18.796 - apresentavam algum tipo de conformidade.
Os dados do levantamento foram revelados nesta terça-feira, 17/08, na capital paulista, pelo Comitê Gestor da Internet Brasil. Segundo dados do Registro.br, o mês de julho contabilizou 2,17 milhões de nomes de domínios registrados sob a terminação .br. Para o Censo da Web, como foi batizada a iniciativa, a web governamental foi a primeira a ser analisada separadamente.
"Como esse projeto foi um pedido do próprio governo, por meio da Secretaria de Logística e TI, que queria uma análise dos sites governamentais, começamos a trabalhar por esse segmento", revelou Hartmut Glaser, diretor executivo do CGI.br.
O estudo constatou dados relevantes: os sites do governo não adotam a acessibilidade, mesmo existindo uma regra criada pelo próprio governo - o e-MAG (Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico Federal). Os números falam por si - apenas 2% tem alguma conformidade.
"No momento em que se fala em inclusão digital, não ter acessibilidade deixa um contingente de aproximadamente 30 milhões de brasileiros sem acesso aos serviços do governo. É um problema para ser contornado quando se fala em universalização da Internet. O padrão favorece, entre outras coisas, economia de banda, fator relevante no uso do e-gov, e ganho de performance, com os serviços disponibilizados sendo utilizados", afirmou Wagner Diniz, gerente do escritório do W3C do Brasil.
O levantamento apurou ainda que das 6,3 milhões de páginas HTML coletadas, cerca de 91% apresentavam mais de uma incorreção de aderência aos padrões HTML do W3C e/ou as regras do próprio e-MAG. Apenas 5% das páginas estavam alinhadas ao padrão. Outro dado significativo é o tempo de resposta dos servidores localizados no Brasil.
Dos servidores estudados pelo Censo do Comitê Gestor, 32% respondem entre 11 a 50 milissegundos; 18% de 51 a 100 ms; 17% de 101 a 200 ms e 25% acima de 200 ms. Apenas 9% respondem até 10 ms. "Há fatores que podem levar a esse tempo de resposta, entre eles, o servidor estar já defasado para as aplicações instaladas e também a própria infraestrutura da internet brasileira, onde há toda a questão de interligação da rede. Temos dados que saem de São Paulo, vão ao exterior e voltam para Brasília. Esse é um ponto que precisa ser analisado com mais atenção", observa Antônio Moreiras,gerente do Ceptro.br ( Coordenação técnica e operação da ferramenta).
Milton Kashiwakura, Diretor de Projetos do NIC.br, completou: "o Google é um bom exemplo de como o tempo de resposta de servidor é relevante. Eles resolveram colocar seus servidores no Brasil para reduzir o tempo de acesso. Eles precisam ter acesso muito rápido", observou. O tempo de resposta dos servidores .gov.br, com IP localizado no exterior, é ainda maior.
Apenas 1% respondem entre 0 a 100 milissegundos; 48% respondem de 101 a 200 milessegundos e 51% respondem com mais de 200 milissegundos. A melhor resposta para essa demora é a conexão Internet. Como esses servidores estão instalados fora do Brasil, o tráfego de dados passa por redes internacionais. "Pode parecer mais barato instalar um servidor fora do Brasil, mas há um custo alto de demanda e de comunicação", detalha Moreiras.
O levantamento constatou que 6% dos servidores do .gov.br estão localizados no exterior, a grande parte, 93%, está localizada no Brasil. A coleta de dados sobre os domínios do governo foi realizada em duas etapas: em outubro de 2009 e em fevereiro de 2010.http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23474&sid=11
Os dados do levantamento foram revelados nesta terça-feira, 17/08, na capital paulista, pelo Comitê Gestor da Internet Brasil. Segundo dados do Registro.br, o mês de julho contabilizou 2,17 milhões de nomes de domínios registrados sob a terminação .br. Para o Censo da Web, como foi batizada a iniciativa, a web governamental foi a primeira a ser analisada separadamente.
"Como esse projeto foi um pedido do próprio governo, por meio da Secretaria de Logística e TI, que queria uma análise dos sites governamentais, começamos a trabalhar por esse segmento", revelou Hartmut Glaser, diretor executivo do CGI.br.
O estudo constatou dados relevantes: os sites do governo não adotam a acessibilidade, mesmo existindo uma regra criada pelo próprio governo - o e-MAG (Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico Federal). Os números falam por si - apenas 2% tem alguma conformidade.
"No momento em que se fala em inclusão digital, não ter acessibilidade deixa um contingente de aproximadamente 30 milhões de brasileiros sem acesso aos serviços do governo. É um problema para ser contornado quando se fala em universalização da Internet. O padrão favorece, entre outras coisas, economia de banda, fator relevante no uso do e-gov, e ganho de performance, com os serviços disponibilizados sendo utilizados", afirmou Wagner Diniz, gerente do escritório do W3C do Brasil.
O levantamento apurou ainda que das 6,3 milhões de páginas HTML coletadas, cerca de 91% apresentavam mais de uma incorreção de aderência aos padrões HTML do W3C e/ou as regras do próprio e-MAG. Apenas 5% das páginas estavam alinhadas ao padrão. Outro dado significativo é o tempo de resposta dos servidores localizados no Brasil.
Dos servidores estudados pelo Censo do Comitê Gestor, 32% respondem entre 11 a 50 milissegundos; 18% de 51 a 100 ms; 17% de 101 a 200 ms e 25% acima de 200 ms. Apenas 9% respondem até 10 ms. "Há fatores que podem levar a esse tempo de resposta, entre eles, o servidor estar já defasado para as aplicações instaladas e também a própria infraestrutura da internet brasileira, onde há toda a questão de interligação da rede. Temos dados que saem de São Paulo, vão ao exterior e voltam para Brasília. Esse é um ponto que precisa ser analisado com mais atenção", observa Antônio Moreiras,gerente do Ceptro.br ( Coordenação técnica e operação da ferramenta).
Milton Kashiwakura, Diretor de Projetos do NIC.br, completou: "o Google é um bom exemplo de como o tempo de resposta de servidor é relevante. Eles resolveram colocar seus servidores no Brasil para reduzir o tempo de acesso. Eles precisam ter acesso muito rápido", observou. O tempo de resposta dos servidores .gov.br, com IP localizado no exterior, é ainda maior.
Apenas 1% respondem entre 0 a 100 milissegundos; 48% respondem de 101 a 200 milessegundos e 51% respondem com mais de 200 milissegundos. A melhor resposta para essa demora é a conexão Internet. Como esses servidores estão instalados fora do Brasil, o tráfego de dados passa por redes internacionais. "Pode parecer mais barato instalar um servidor fora do Brasil, mas há um custo alto de demanda e de comunicação", detalha Moreiras.
O levantamento constatou que 6% dos servidores do .gov.br estão localizados no exterior, a grande parte, 93%, está localizada no Brasil. A coleta de dados sobre os domínios do governo foi realizada em duas etapas: em outubro de 2009 e em fevereiro de 2010.http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23474&sid=11
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