Escrever é uma arte. Todo artista precisa não apenas de talentos ou capacidades inerentes do seu ser, entretanto para torna-se um hábil escritor necessitará apropriar-se de fatores externos e internos que contribuam para seu desenvolvimento cognitivo. Independente de ser ou não possuidor de sua língua natural escrever exigirá dedicação, força de vontade e disciplina. Necessitará de tempo árduo para construir e desconstruir ideais, desejo de avançar ou não avançar no tempo adequado, respeitar escolhas e a aplicação de vocábulos.
A arte de escrever vai além de nacionalidade ou limitação física, exigirá conhecimento cultural, contato com o mundo das letras, combinações dos signos lingüísticos, avaliando os significados e significantes do mundo do escritor. Escrever exige apreciação, encantamento e funcionalidade. Pois o que não é funcional e atrativo, não produzirá desejo de degustação e apreciação, não fomentará a ânsia de lutar por ideologias ou revolução democrática.
O escrever para os surdos ou para qualquer outro escritor da língua portuguesa, precisa ter objetividade, seja para um simples encantar poético, ou para expressar ideologias políticas/sociais, seja para mudanças acadêmicas ou registrar fatores históricos, seja para retratar uma cultura ou identidade, em fim independente das barreiras ou dificuldades físicas ou sociais, o ser escritor precisa de um ideal, fomentada de ideologias em busca de transformação sócio-cultural.